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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Alguns infinitos são maiores que outros

Não estou acostumada a postar resenhas aqui, no entanto, como essa leitura foi uma das melhores dos últimos tempos, resolvi tentar convencer pelo menos uma pessoa a conhecer essa história. E já aviso aos que leem blogs, mas não gostam de ler textos grandes, que essa resenha talvez ultrapasse o número de caracteres habituais.



Sinopse: Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante - o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos -, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo  há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.

"E aí tem livros como 'Uma aflição Imperial', do qual você não consegue falar - livros tão especiais e raros e seus que fazer propaganda da sua adoração por eles parece traição." 
Ao ler a sinopse de A Culpa é das Estrelas, de John Green, alguns podem pensar que a história é um tipo de romance infanto-juvenil dramático, e pode até ser que seja, mas com certeza é preciso ter o mínimo de coragem para terminar a leitura. Não existe nada de muito diferente na história, o leitor até pode adivinhar o que vai acontecer no final, mas isso jamais tiraria o valor dos diálogos inteligentes entre Hazel e Gus, muito menos de ver o câncer a partir da perspectiva do próprio doente.
O livro todo é um jogo de opostos. Ao mesmo tempo em que fala da morte, fala da vida. Hazel nos conta sobre suas alegrias, que anda junto com suas tristezas. Os momentos ruins contrastam com os bons e o drama com a comédia. A Culpa é das Estrelas é uma lição, mesmo que clichê, sobre como pessoas que vivem esperando a morte, ainda podem viver bem, numa montanha-russa que só sobe. Alguns podem achar que o foco da livro é o romance entre Hazel e Gus, mas parece que toda essa história de amor fica em segundo plano quando damos de cara com problemáticas mais maduras que um romance adolescente. 
No final do livro, o leitor já está se comparando a Hazel, ao perguntar: ok, e o que acontece depois?
John Green deve ter escrito o final justamente querendo que seus leitores fizessem perguntas como essa, e se foi sem querer, melhor ainda. Em resumo, o comentário de Markus Zusak sobre A Culpa é das Estrelas acaba sendo mais que verdadeiro. "Você vai rir, vai chorar e ainda vai querer mais."

Numa das minhas frases preferidas, Augustus Waters diz que é possível escolher quem vai te ferir. Espero que alguém escolha ser ferido por essa história. Ok? Ok.

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7 comentários:

  1. Você deveria fazer mais resenhas, essa ficou muuito boa :D
    Eu já tinha ouvido muito sobre esse livro, e como muita gente gosta, eu resolvi desgostar HASHUASHU, brincadeira, tava esperando a Bienal pra comprar ele lá. Achei legal o autor não focar muito no romance e mais no drama e a abordagem do livro sobre a vida e a morte parece bem interessante. Vou ler, com certeza.
    Ah, queria dizer também que o layout do blog ficou muito legal ^^

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  2. Antes da sua resenha eu já queria esse livro, agora então... hasuidhaiudhiuashduiahd. Eu não curto muito histórias tristes, mas essa realmente chamou a minha atenção, não só pela sinopse ou capa, mas pelas críticas positivas que vem recebendo. As lições que você tira do livro são realmente para a vida toda. Estou louca para lê-lo *-----*
    Concordo com a Gabi, você deveria escrever mais resenhas u_u ashdiuahsdasudsda.


    Beeeeeeeeeijinhos e um ótimo fim de semana! :*
    http://linguadoslivros.blogspot.com.br/

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  3. Oi Giulia! Eu adorei a sua resenha. :) Estou morrendo de vontade de ler "A culpa é das estrelas". Parece ser um história linda com uma narrativa incrível. Espero lê-lo em breve.

    Beijos,
    Mih.

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  4. Gostei da sua resenha, viu?!
    Adoro livros com diálogos inteligentes... quando leio algo eu fico agoniado quando os parágrafos são gigantes e não chegam os diálogos logo, rs.
    E o livro parece bom. Quando há um foco nessas coisas da vida (problemas, doenças, morte etc), eu já me interesso. Acho que pra tentar pegar um pouquinho da experiência que os personagens dos livros passam pra gente ^^
    Poste mais resenhas, rs.
    Abraço!

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  5. Ótima resenha!
    Deu muita vontade de ler, então seu post valeu por existir.
    Quando a gente se depara com esses "clichês" a gente passa a notar coisas que não notaria sem eles.
    Tipo o que a gente tá fazendo da vida, com o que tá desperdiçando a vida, lembrar que tudo é muito passagueiro, que algo pode acabar com a nossa vida sem aviso prévio, enfim...
    Experiências mesmo que somente lidas, são válidas.
    Beijos

    www.nadadeperfeicao.com

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  6. Comecei a ler ACEDE ontem e já estou adorando ele! :) O livro não é cheio de clichês que dão vontade de morrer.

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  7. Nossa, nunca tinha me arrepiado lendo a resenha de um livro! Tudo bem que Adele cantando no fundo foi uma ajuda e tanto, mas fiquei com vontade de ler o livro e me sentir ferida por ele. hahaha

    Hazel é um nome bem sugestivo. Lindo blog, moça.

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